(in)Segura de tudo


Não sei viver em um mundo assim. Me sinto atada. Sigo em um trajeto qualquer a um destino indeterminado, esperando, rezando, suplicando para passar ilesa, de mal olhado, mal amados, desalmados.

Me sinto indefesa, violada. Me sinto errada. Se eu tivesse nascido homem eu estaria tão preocupada?
Não quero ver a noite abrigar o medo da escuridão, ou do quê se esconde nela.
Não quero ver o dia como algo doloroso, difícil de suportar.
Não quero as ruas como um lugar difícil de andar.
Não quero casas que não sejam lar.
Não quero lágrimas de dor e tristeza num rosto feito para sorrir.
Não quero ter medo de fechar os olhos e não acordar de um sonho ruim.

Idealizei tudo em sonhos bons e profundos, dos quais não quero despertar... Segura de tudo, dona do mundo que me permiti criar.

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